O Dia Internacional do Trabalho remete à luta por melhores condições de trabalho, expressa em uma greve geral em Chicago, Estados Unidos, em 01 de maio de 1886. A reivindicação era a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.
Os adultos dedicam muitas horas do seu dia ao trabalho. Portanto, o ambiente, o modo como trabalhamos ou, ainda, como o trabalho interfere na nossa vida familiar e pessoal são fundamentais para a saúde. Em nosso ambiente de trabalho, fatores de risco para as doenças podem ser potencializados, ou, por outro lado, estratégias que incentivam hábitos de vida mais saudáveis e a qualidade de vida podem ser implementadas de forma mais eficaz.
Reconhecendo a importância do trabalho na vida das pessoas, o ELSA-Brasil apresenta neste boletim os principais resultados gerados ao longo dos mais de quinze anos de existência, que traduzem as relações entre o trabalho, a saúde e a qualidade de vida. Por ser realizado com servidores públicos, ativos e aposentados, o ELSA-Brasil representa uma oportunidade ímpar de se investigar os efeitos de aspectos do trabalho sobre a saúde e tem trazido importantes contribuições para a saúde pública brasileira.
O estresse no trabalho e suas consequências para a saúde
O estresse no trabalho é um problema comum que afeta muitos trabalhadores em diversos setores e níveis hierárquicos, e pode ser investigado a partir de diferentes parâmetros, incluindo medidas químicas ou físicas do ambiente. No ELSA-Brasil, são utilizadas escalas subjetivas que retratam a percepção do trabalhador sobre diversos aspectos, como carga de trabalho, dificuldades para a execução das atividades, controle sobre como e quando fazer seu trabalho, uso de habilidades intelectuais, apoio recebido de colegas e chefes, esforços frente às demandas impostas, recompensas recebidas em relação a aspectos financeiros, oportunidades, reconhecimento e o comprometimento excessivo com o trabalho.
As consequências do estresse no trabalho para a saúde podem ser significativas e variadas. Resultados do ELSA-Brasil mostram que trabalhadores expostos a níveis mais elevados de estresse no trabalho apresentam um perfil comportamental mais deletério para a saúde cardiovascular, considerando os hábitos de dieta, atividade física, controle de peso e tabagismo. Além disso, possuíam um pior perfil cardiometabólico (maior gordura corporal, pressão arterial mais elevada, maior ocorrência de síndrome metabólica, pré-diabetes, diabetes, e risco cardiovascular global mais elevado), maiores chances de compulsão alimentar e desempenho cognitivo mais baixo. Maiores níveis de estresse no trabalho foram associados a um aumento de 50% na ocorrência de enxaqueca, 147% na ocorrência de episódios depressivos e 106% na ocorrência de dor musculoesquelética generalizada.
Conflito entre as demandas/responsabilidades do trabalho e da família
As condições de trabalho vêm mudando em várias ocupações, com a intensificação do trabalho e a diminuição do tempo livre, e a expansão do trabalho para além dos espaços e horários tradicionais tem contribuído para dificultar a delimitação da vida profissional e familiar. Por outro lado, o modelo tradicional que considera o homem como principal provedor e a mulher como responsável pelo cuidado da casa e dos filhos, embora ultrapassado, ainda persiste, e convive com novos modelos de maior ou menor divisão das tarefas, dependendo do nível de desenvolvimento e da cultura local. Assim, a divisão das responsabilidades de cuidar dos filhos e da casa permanece desigual, e a maioria das responsabilidades domésticas ainda é predominantemente feminina.
Diante desse contexto, a dificuldade em conciliar as demandas profissionais e familiares pode representar uma importante fonte de estresse, com efeitos negativos sobre a saúde que podem diferir segundo o gênero. Além disso, esse desequilíbrio trabalho-família está intimamente relacionado a outro aspecto importante e mais recentemente estudado, a falta de tempo para o autocuidado e lazer, que pode representar uma barreira para a adoção de comportamentos saudáveis em saúde.
No ELSA-Brasil, mulheres relataram, com maior frequência, interferência do trabalho na família e falta de tempo para autocuidado e lazer, especialmente as de maior escolaridade. Já a interferência da família no trabalho foi mais frequentemente relatada pelos participantes de menor escolaridade, de forma semelhante entre os gêneros.
Uma síntese dos principais resultados entre homens e mulheres do ELSA-Brasil podem ser observadas no quadro abaixo:
Indicador de conflito trabalho-família | Mulheres | Homens |
---|---|---|
Trabalho interferindo na família se associou a: | • Percepção negativa sobre a própria saúde; | • Percepção negativa sobre a própria saúde; |
• Enxaqueca; | • Enxaqueca; | |
• Queixas de sono; | • Queixas de sono; | |
• Piores comportamentos relacionados à saúde cardiovascular; | • Ganho de peso. | |
• Síndrome metabólica. | ||
Família interferindo no trabalho se associou a: | • Percepção negativa sobre a própria saúde; | • Percepção negativa sobre a própria saúde. |
• Enxaqueca; | ||
• Ganho de peso; | ||
• Comportamentos menos saudáveis relacionados à saúde cardiovascular. | ||
Falta de tempo para autocuidado e lazer se associou a: | • Percepção negativa sobre a própria saúde; | • Percepção negativa sobre a própria saúde; |
• Enxaqueca; | • Enxaqueca; | |
• Queixas de sono; | • Queixas de sono; | |
• Comportamentos menos saudáveis relacionados à saúde cardiovascular; | • Comportamentos menos saudáveis relacionados à saúde cardiovascular.
| |
• Sobrepeso/obesidade; | ||
• Ganho de peso. |
Outro achado importante do ELSA-Brasil refere-se às características que influenciam a relação do conflito trabalho-família com a saúde. De modo geral, observou-se que as mulheres, especialmente as de maior escolaridade e com elevada jornada semanal de trabalho, bem como participantes com níveis mais altos de estresse no trabalho, parecem experimentar de forma mais acentuada os efeitos deletérios desse tipo de conflito sobre os agravos estudados.
Em conjunto, esses resultados sugerem que as mulheres de maior escolaridade, embora tenham maior controle sobre como e quando fazer seu trabalho e maior possibilidade de contar com apoio profissional nas atividades domésticas, são as que apresentam maiores dificuldades em conciliar as demandas profissionais e familiares. Nas ocupações de maior escolaridade, a maior flexibilidade no emprego combinada com as demandas excessivas e a alta carga de responsabilidades, pode contribuir para a falta de limites entre da vida profissional e familiar, especialmente entre as mulheres, que enfrentam uma distribuição desigual das responsabilidades familiares. Dessa forma, políticas a nível macro e organizacionais são necessárias para gerar mudanças nos padrões tradicionais de comportamento, incluindo aquelas que promovam a equidade de gênero nas demandas familiares, o controle sobre o excesso de demandas profissionais e a melhor gestão do trabalho profissional, especialmente quando realizado fora do ambiente de trabalho.
Trabalho noturno
O trabalho noturno pode levar a alterações hormonais e mudanças nos comportamentos relacionados à saúde (por exemplo, na quantidade e qualidade do sono, no hábito de fumar, na prática de exercícios e na qualidade da alimentação), aumentando a chance de problemas metabólicos e cardiovasculares.
Entre a população de trabalhadores acompanhada pelo ELSA-Brasil, 18,2% já trabalharam à noite em algum momento, por um tempo médio de 11,5 anos. Os resultados apontam, ainda, que a exposição ao trabalho noturno esteve associada à obesidade geral e abdominal entre homens, enquanto nas mulheres, esteve associado ao aumento dos níveis de açúcar no sangue. A chance de ter diabetes entre as mulheres que trabalhavam à noite foi 40% maior, comparadas às que trabalhavam durante o dia; para os homens, a chance de diabetes foi 6% maior entre os trabalhadores noturnos. Já a chance de síndrome metabólica foi 24% maior entre aqueles que trabalhavam em turnos noturnos de 12 horas, 3 vezes na semana, comparados aos que trabalhavam somente em horário diurno. Além disso, entre os homens, o trabalho noturno foi associado ao aumento da espessura da camada íntima da carótida, uma medida importante de doença arterial subclínica, que pode ser uma via que relaciona os efeitos do trabalho noturno sobre a saúde cardiovascular.
Reconhecer que o trabalho noturno influencia a saúde pode subsidiar a comunidade médica na detecção precoce de agravos. Os resultados também contribuem para a discussão sobre políticas estratégicas de prevenção e controle sobre os horários e descanso no trabalho.
Aposentadoria
A aposentadoria é uma fase de transição permeada por sentimentos contraditórios e múltiplas repercussões na vida das pessoas. Para alguns, pode ser um grande desafio, pois pode levar ao isolamento social, perdas salariais e até mesmo afetar a saúde mental. Por outro lado, pode trazer muitas vantagens que favorecem a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida. Por exemplo, pode reduzir o estresse em caso de ocupações de muita exigência e conflitos, além de melhorar a saúde mental e a quantidade de tempo para o autocuidado em saúde, afetando positivamente a qualidade do sono e a prática de atividade física. Além disso, permanecer ou não trabalhando após a aposentadoria pode influenciar de forma distinta os hábitos de vida e a saúde.
A aposentadoria pode influenciar a satisfação com a vida. Os resultados do ELSA-Brasil mostraram que os servidores públicos aposentados tinham maior satisfação com a vida do que os ativos no trabalho. Além disso, verificamos que os aposentados que não se engajaram em outro trabalho após a aposentadoria eram ainda mais satisfeitos do que aqueles que trabalhavam após a aposentadoria. Identificamos também que o nível de satisfação com a vida pode variar com o tempo, sendo maior nos primeiros três anos e após oito anos de aposentadoria.
Os resultados do ELSA-Brasil também mostram que estar aposentado está relacionado com melhor qualidade e maior duração do sono. Os servidores aposentados tinham mais tempo de sono do que os ativos no trabalho. Além disso, os aposentados reinseridos em novo local de trabalho apresentaram sono de melhor qualidade do que aqueles que permaneciam trabalhando no mesmo local após a aposentadoria. Entretanto, os aposentados que não trabalhavam apresentaram maior dificuldade de adormecer do que os servidores ativos no trabalho.
O ELSA-Brasil também encontrou relação entre a aposentadoria e a alimentação, evidenciando que os aposentados do sexo masculino que não estavam mais trabalhando apresentavam melhor qualidade da dieta do que os participantes ativos no trabalho, enquanto nenhuma diferença foi detectada nos aposentados que permaneceram trabalhando. Entre as mulheres, essa associação não foi observada.
Estes resultados são importantes porque estar mais satisfeito com a vida, apresentar melhor padrão de sono e ter uma alimentação mais saudável após a aposentadoria podem atenuar desafios dessa etapa da vida e trazer resultados positivos para saúde.
Teletrabalho
O avanço da tecnologia da informação e comunicação favoreceu novas modalidades de trabalho, permitindo trabalhar em qualquer hora e em qualquer lugar. Nesse contexto, o teletrabalho – modalidade de trabalho em que o cumprimento da jornada regular pelo trabalhador pode ser realizado fora das dependências físicas da instituição contratante – tem ganhado considerável importância.
O trabalho profissional em casa é uma modalidade de teletrabalho e talvez a mais usual entre os servidores públicos brasileiros. Em casa, as demandas profissionais e domésticas/pessoais coincidem no espaço, podendo promover a competição entre o tempo para atender a essas demandas, com efeitos diferenciados segundo gênero. Apresenta diversas vantagens e também desvantagens.
Durante a pandemia de COVID-19, o trabalho remunerado em casa foi uma modalidade difundida e adotada para conter a propagação da doença. Os trabalhadores desempenhavam atividades do trabalho ao mesmo tempo em que lidavam com tarefas domésticas, cuidados com os filhos e/ou idosos e várias fontes de distração. Muitas vezes, as condições ergonômicas eram muito adversas e sem qualquer interação pessoal presencial com colegas de trabalho.
O ELSA-Brasil realizou uma avaliação complementar entre julho de 2020 e fevereiro de 2021 com o objetivo de avaliar o impacto a curto e médio prazos da COVID-19 e das políticas sociais para seu controle sobre a saúde dos participantes. Nessa avaliação, foi possível investigar também o impacto do teletrabalho na saúde dos participantes, e identificamos que 76% deles realizaram trabalho profissional em casa durante a pandemia e 48% consideraram que trabalhavam mais do que o de costume. Além disso, cerca de 1/3 não tinham controle sobre quando fazer um intervalo durante o trabalho, ou a hora de começar e terminar e em quais dias trabalhavam.
Os resultados mostraram que entre as mulheres, longas horas dedicadas ao trabalho profissional em casa durante a pandemia aumentaram em 56% a chance de estresse e em 64% a chance de autoavaliação de saúde mental ruim. No entanto, os homens com longa jornada profissional em casa tiveram menores chances de ansiedade. Em ambos os sexos, o baixo controle sobre as horas dedicadas ao trabalho profissional, independente ou em combinação com a duração da jornada profissional, foi associada com uma pior saúde mental. Assim, para aqueles que trabalham em casa, o controle sobre as horas de trabalho pode melhorar as condições de trabalho, proteger contra o sofrimento mental e promover o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Além disso, os resultados apontaram que 75% daqueles que trabalharam em casa consideraram que o trabalho doméstico foi maior do que o de costume. O tempo dedicado ao trabalho doméstico foi três vezes maior entre os que fizeram teletrabalho comparados aos que não trabalharam de casa. Embora a jornada semanal de trabalho profissional em casa tenha sido semelhante entre os sexos, as mulheres realizaram, em média, 4h a mais de trabalho doméstico por semana do que os homens durante o teletrabalho. Comparadas aos homens, as mulheres com maior jornada profissional e de trabalho doméstico apresentaram, com maior frequência, sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Os resultados apontaram a necessidade de introdução de uma perspectiva de gênero nos estudos sobre os efeitos do trabalho remoto, contribuindo para o reconhecimento das desigualdades em saúde entre homens e mulheres.
Também foi demonstrado que o trabalho profissional em casa impacta o sedentarismo e a atividade física. Participantes que trabalhavam em casa durante o distanciamento social apresentaram chances cerca de três vezes mais altas de tempo de tela e tempo sentado superior a 8h por dia. Mas, tinham 29% mais chance de fazer atividade física doméstica, quando comparados àqueles que não realizaram trabalho profissional em casa. Para as pessoas mais velhas (acima de 60 anos), os resultados foram ainda mais expressivos, já que a chance de inatividade física de lazer aumentou em 84%, e de fazer atividade física doméstica aumentou em 92%, quando comparadas aos que não trabalhavam em casa.
Como o comportamento sedentário e a inatividade física afetam negativamente a saúde, é importante discutir políticas de gestão do trabalho remoto que permitam pausas nas tarefas durante a jornada de trabalho dentro de limites preestabelecidos visando reduzir o comportamento sedentário. Além disso, os indivíduos que realizam trabalho profissional em casa, especialmente os idosos, devem ser incentivados a praticar atividade física nos tempos livres como forma de promoção da saúde. Nossos resultados também apontaram para a importância de se promover o controle sobre as horas de trabalho, estratégia que deve ser fomentada amplamente entre os trabalhadores em teletrabalho.
Considerações finais
O ELSA-Brasil também tem contribuído para as discussões de desigualdades de gênero nas relações entre trabalho e saúde, ainda incipientes na literatura epidemiológica como um todo. De uma forma geral, mostram efeitos diferenciados por gênero, com repercussões negativas à saúde física e mental, sobretudo entre as mulheres. O teletrabalho, em circunstâncias pré ou pós-pandemia, tende a ser mais desafiador para as mulheres do que para os homens, assim como o conflito trabalho-família que é mais frequente entre elas, especialmente nas de maior escolaridade.
Em conjunto, este material aponta a relevância do trabalho como um determinante da saúde das populações. É essencial incorporar questões sobre o trabalho na agenda da saúde, considerando desde a avaliação clínica individual, até as legislações e políticas que influenciam a organização do trabalho nas empresas e instituições públicas. Programas de bem-estar no local de trabalho, promover um ambiente saudável e equilibrado, ofertar apoio psicológico e buscar por atividades que ajudem a aliviar o estresse, como exercícios físicos, meditação e hobbies são importantes, mas insuficientes se não forem acompanhadas de estratégias e políticas mais abrangentes.
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